
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
Desenvolvimento psicossexual
Estrutura psíquica segundo Freud
A vida psíquica é, para Freud, dinamizada por um conflito de forças que se desenrola em grande parte fora da percepção consciente do indivíduo. O psiquismo é uma totalidade dinâmica, apesar de as suas estruturas componentes terem diferentes funções e serem regidas por diferentes princípios. Há uma estreita interacção entre o Id, o Ego e o Superego, raramente resultando o comportamento de influência isolada de uma das estruturas psíquicas.
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Características |
Estatuto |
Exemplificação do seu comportamento |
Id |
Componente primitiva do nosso psiquismo. É a sede de forças ou impulsos irracionais, ilógicos, descontrolados e perigosos. Totalmente inconsciente. Está desligado da realidade, não sabe adaptar-se a ela para aceitavelmente satisfazer os seus impulsos e necessidades.
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É o representante das nossas necessidades e desejos mais básicos. Não conhece outro princípio a não ser o do prazer: “Satisfaz os teus desejos”. |
Necessidade a satisfazer: a fome. Imaginemos uma situação em que, esfomeados, queremos comer, mas não podemos pagar. O ID dir-nos-ia “Come porque tens de comer”, sem pensar em possíveis punições nem se é correcto ou incorrecto agir assim. |
Ego |
Começa a desenvolver-se por volta dos 6 meses Procura satisfazer as necessidades de uma forma realista e apropriada de modo a evitar problemas à nossa integridade psíquica e física. É racional e tem a noção do que é possível fazer de acordo com as circunstâncias.
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É o representante do “pragmatismo” e do “realismo” na relação com o mundo externo. Age segundo o princípio de realidade: “Façamos o que é possível fazer tendo em conta as circunstâncias”, ou seja, “é permitido o que não nos causar problemas”. |
Dada a mesma necessidade e na mesma situação, o Ego dir-nos-ia: “Se for possível comer sem pagar, fá-lo”, ou seja, “Podes comer sem pagar desde que ninguém repare; caso contrário, faz o que é realmente aconselhável”. |
Superego |
Começa a formar-se por volta dos 2/3 anos. Enquanto o Ego é “pragmático”, o Superego é tendencialmente moralista. Aspira à perfeição moral, reprimindo, muitas vezes de forma excessiva, as infracções à moralidade. |
É o representante da moralidade. Nele estão interiorizadas as normas socialmente estabelecidas relativas ao bem e ao mal. Age segundo o princípio do dever. “Faz o bem ou evita o mal porque assim deve ser”. |
O Superego dir-nos-ia: “Para satisfazer a fome, deves pagar”, ou seja, “Deves agir correctamente, não por medo de castigos e punições, mas porque assim é que deve ser”. Roubar é sempre um crime, seja visto ou não. |
Estrutura |
Nível psíquico |
Funções |
Superego |
Parcialmente inconsciente |
Interiorização da autoridade dos pais, é constituído por normas e ideais morais. Procura através do Ego controlar o Id. Aspira à perfeição moral e tende a reprimir de forma severa as infracções à moralidade.
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Ego |
Parcialmente inconsciente |
Representante da realidade e do mundo externo, deriva do Id, procurando do possível satisfazer os seus impulsos. Também procura satisfazer as exigências morais do Superego. Conseguir o equilíbrio de forças contrárias é tarefa árdua para o Ego.
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Id |
Totalmente inconsciente |
É o reservatório da energia psíquica , da libido e condiciona fortemente os acontecimentos psíquicos. Irracional e impulsivo procura o prazer alheio à realidade e à moral.
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