
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
Etapas de vida segundo Erikson
Para Erikson, existe o plano potencial de desenvolvimento (Principio epigenético) definido segundo uma sequência de oito idades do ciclo de vida, atravessadas por crises psicossociais:
As etapas de vida segundo Erikson
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Bebé (0-18 meses) |
Criança de tenra idade (18 meses-3 anos)
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Criança em idade pré-escolar (3 aos 6 anos) |
Criança em idade escolar (6 aos 12 anos) |
Crise: Confiança versus Desconfiança
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Crise: Autonomia versus Dúvida e Vergonha
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Crise: Iniciativa versus Culpa
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Crise: Indústria versus Inferioridade
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Questão chave: - Será o meu mundo social previsível e protector?
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Questão chave: - Serei capaz de fazer as coisas sozinho ou precisarei da ajuda dos outros?
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Questão chave: - Serei bom ou mau?
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Questão chave: - Serei competente ou incompetente?
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Se a mãe alimenta bem o filho, se o aconchega e acarinha, brinca e fala ternamente com ele, o bebé desenvolve o sentimento de que o ambiente é agradável, criando uma atitude básica de confiança face ao mundo. |
Se os pais encorajam a criança a exercitar as suas capacidades motoras (correr, puxar, largar), ela desenvolve o controlo dos seus músculos, o que contribui para o domínio do corpo e do ambiente. Deste modo ganha autonomia. |
O desejo de experimentar amplia-se com a aquisição do pensamento e linguagem: com elas toma iniciativas, realiza tarefas e exibe-se. Se os pais compreendem e aceitam o jogo activo das crianças elas sentem que o seu sentimento de iniciativa é valorizado. |
A criança entra na escola onde se espera que realize aprendizagens quer académicas quer sociais. Sonha com o sucesso e quer ser excelente nas tarefas desempenhadas Se as crianças se sentem menos capazes que os seus amigos, sentem-se inferiores.
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Se o comportamento da mãe não o satisfaz, a criança desenvolve medos e suspeitas que contribuem para a formação de uma atitude negativa de desconfiança.
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Se os pais impedem ou exigem que as use precocemente contribuem para sentimentos negativos como a vergonha e dúvida.
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Se os pais se impacientam e consideram disparatadas as suas brincadeiras e actividades, as crianças sentem-se culpadas e inseguras, evitando agir de acordo com as suas necessidades e desejos.
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Se se sentirem bem sucedidas e acreditarem nas suas capacidades, ela desenvolve competências, é produtiva – indústria.
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Virtude: Esperança
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Virtude: Força de vontade
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Virtude: Tenacidade
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Virtude: Competência
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As etapas de vida segundo Erikson
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Adolescência (12 aos 20 anos)
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Jovem Adulto (20 aos 35 anos) |
Adulto (35 aos 65 anos)
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Idoso (dos 65 anos em diante) |
Crise: Identidade versus Difusão |
Crise: Intimidade versus Isolamento
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Crise: Genatividade versus Estagnação
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Crise: Integridade versus Desepero
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Questão chave: - Quem sou eu? O que vou fazer da minha vida?
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Questão chave: - Deverei partilhar a minha vida com alguém ou deverei viver sozinho?
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Questão chave: - Produzirei algo com valor, útil para mim e também para os outros?
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Questão chave: - Valeu a pena viver?
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O adolescente chega à compreensão da sua singularidade como pessoa, como ser único, com identidade própria mas inserido num meio social onde tem vários papéis a desempenhar. O adolescente vai ter de integrar diversas auto-imagens numa única imagem. Se nos períodos anteriores conseguiram obter confiança, autonomia e diligência, o adolescente constrói mais facilmente a sua identidade.
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A intimidade requer que o sentimento de identidade pessoal facilite o relacionamento com outrem numa base de compromisso, alteração de hábitos, sacrifícios.
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As preocupações com os jovens e o desejo de contribuir para um mundo melhor desenvolvem as potencialidades do eu e incrementam a afirmação pessoal do adulto – generatividade (termo criado por Erikson para designar o comprometimento do adulto em relação ao adulto e à nova geração).
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Esta fase coincide com a reforma em que a pessoa se empenha em reflectir fazendo um balanço da sua vida. Se se sentir satisfeito por considerar que a sua vida teve mérito, surge o sentimento de integridade.
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Se tiverem dificuldade em saber o que são, o que querem vivem situações difíceis de difusão e indecisão.
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As dificuldades em estabelecer relacionamentos íntimos contribuem para que as pessoas se fechem em si próprias e permaneçam no isolamento.
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Se o adulto se preocupa apenas consigo próprio em vez de desenvolver actividades produtivas e úteis aos outros, a sua vida caracteriza-se pela estagnação.
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Se a pessoa se apercebe de que nada fez que tivesse sentido e de que já é demasiado tarde para começar de novo surge o desespero.
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Virtude: Fidelidade
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Virtude: Amor
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Virtude: Cuidado
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Virtude: Sabedoria
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